como talvez você já tenha visto neste post aqui, eu decidi começar a fazer histórias em quadrinhos mesmo sem ter talento pra isso.
escolhi esse momento pra começar porque, depois de tantos desafios na vida profissional (me formar na faculdade, trabalhar para uma empresa internacional, abrir minha própria empresa, passar por muitos perrengues financeiros, pagar todas as minhas dívidas, criar conteúdo…) eu senti que não tenho nada a perder.
senti que cheguei num ponto em que não tentar parece mil vezes pior do que falhar. é uma sensação é muito parecida com a coragem, mas não chega a ser coragem. talvez seja mais um medo, na verdade. medo de não dar uma chance pra um sonho de infância e morrer com esse arrependimento pendurado do peito.
decidi testar esse modelo de desenho com um fundo preenchido pra dar um pouquinho mais de dimensão pros quadrinhos – deve haver termos mais sofisticados e até mais corretos pra descrever o que acabei de dizer, mas eu não to nem aí.
me inspirei em algumas ilustrações que encontrei no Pinterest, e (ainda) estou usando o aplicativo Noteful pra desenhar no iPad. CALMA. deixa eu me explicar:
eu sei que o Pro Create é muito melhor pra fazer ilustrações (porque moro com um ilustrador há mais de 3 anos);
sei também que o Noteful nem é o app próprio pra isso – como o nome já diz, ele é um aplicativo de notas);
e vou continuar utilizando o Noteful por algum tempo, ainda assim.
por quê? porque eu quero.
[depois de escrever este texto, o @im_zubizubi me mandou um superchat no YouTube – eu faço live toda segunda por lá – pra eu comprar o pro Create, e agora estou usando o app, hehehe]
meus processos são pessoais
acho que uma das coisas mais importantes sobre esse projeto é que eu estou fazendo ele pra mim. por isso não ligo muito de não ter os melhores acessórios, as melhores técnicas ou o mais alto engajamento.
talvez, conforme ele evolua, eu comece a ligar mais – acredito que esse é o ciclo das coisas.
então se me perguntarem como eu faço pra criar as tirinhas, eu precisaria responder sinceramente que elas são uma simplificação extrema de pensamentos que carrego comigo por muito tempo.
inclusive, transformar esses pensamentos em quadrinhos têm sido uma maneira muito eficiente de desapegar deles, sabe? deixar eles irem.
o Luz – personagem central dos quadrinhos – foi meu primeiro gato. perder ele foi uma das dores mais intensas que eu tinha sentido até então (depois, vieram outras).
então criar alguma coisa ao redor dele é também uma forma de mante-lo vivo. é um jeito de sentir que ele continua sendo importante, apesar de já não doer mais tanto.
validar não é curar, mas é quase
os quadrinhos têm me ajudado a encurtar um pouco o processo de racionalização dos meus sentimentos.
se antes eu demorava semanas pra validar que estava sentindo raiva, atualmente eu demoro “uma tirinha”.
tenho conseguido ser consistente com essas criações – acredito que porque eu ando tendo muita coisa pra colocar pra fora.
provavelmente em outros momentos esse fluxo criativo vai ser diferente.
desistir (não vai dar)
parar de fazer quadrinhos não é uma opção por alguns motivos:
como já falei, eu estou fazendo eles por mim, e parar seria como desvalorizar minha importância;
tenho me sentido melhor desde que comecei, sem pressões internas ou metas malucas, eu tô realmente curtindo o caminho (e exercitar isso é uma vitória em si);
não estou perdendo nada, absolutamente nada, tentando. pelo contrário, estou ganhando experiência, atraindo pessoas que se identificam comigo e ocupando meu tempo com algo que gosto.
e isso basta pra mim.
materiais que estou usando
caneta bluetooth
comprei essa caneta aqui por menos de 50 reais e ela tá sendo mais que suficiente pra essa etapa.
ela carrega em menos de 15min;
a bateria dura pelo menos 2 semanas, utilizando todos os dias;
não percebi nenhum tipo de atraso em relação à tela.
iPad
estou usando o iPad 9th gen 64gb e ele também tem servido plenamente as minhas necessidades. além dos quadrinhos, uso ele pra escrever, assistir vídeos, mexer no Canva e uso bastante o app GoodNotes e o Noteful.
mas se eu fosse te dar uma opinião atualizada, diria pra você comprar o iPad 10 geração (pra uso pessoal) ou o iPad Air (em caso de uso mais profissional).
sobre o iPad 9th e 10th
a bateria dura cerca de uma semana utilizando todos os dias;
ele carrega em mais ou menos 1h;
senti falta de capas mais variadas pra esse modelo (mas no geral, nada que seja um problema);
esses modelos têm bom custo benefício pra quem quer um iPad/tablet pra uso pessoal (estudar, escrever, desenhar, jogar, e até pra editar fotos a depender do aplicativo usado);
o iPad 10th vem com algumas atualizações que facilitam a vida em termos de praticidade (um exemplo disso é a lateral magnética que segura a caneta sem necessidade de uma capinha).
por hoje, é isso.
um abraço não tão apertado assim (tá muito calor).
bibiana.
bibi sou sua fã!!!